Equimundo's plano estratégico and narrowed vision mean that our staff at Equimundo, our partners, and our fellows are thinking about how to ensure that funding, its practices and ideologies align with our core values and beliefs in inclusion and transparency. In this conversation with Margaret Greene, Senior Fellow at Equimundo, and Director of GreeneWorks, a consulting group working to promote social change for health and development, we discuss the meaning of philanthropy, challenges in funding masculinities work, and sharing resources with women’s and feminist organizations.
“A ideia de que as mulheres poderiam resolver a desigualdade de gênero sozinhas é injusta… Os homens precisam se juntar a esse esforço coordenado e esse trabalho sobre masculinidades precisa ser financiado em larga escala.”
O que filantropia significa para você, pessoalmente e no seu trabalho?
Quando penso em filantropia, em oposição a financiamento, significa dar apoio financeiro de uma forma alinhada a valores. São pessoas pensando no futuro de uma instituição, um movimento, uma causa maior, e então investindo dinheiro ali para um compromisso mais amplo.
Contribuir financeiramente é importante para mim – como uma fração da minha renda total, minhas doações são bastante substanciais. E vejo essas conexões entre o trabalho que fazemos e a importância de apoiá-lo financeiramente. Fiz um curso chamado "Cultivando Congregações Generosas", que foi fascinante porque estruturou a visão e os valores mais amplos por trás da arrecadação de fundos, doações e contribuições financeiras. Quando você contribui, você está participando de um projeto mais amplo, você faz parte de uma comunidade, você está vivendo seus valores ao contribuir para algo além de si mesmo.
Por que é importante financiar o trabalho de masculinidades no espaço de igualdade de gênero e justiça?
É fundamental apoiar o trabalho sobre masculinidades no âmbito da justiça pela igualdade de gênero. À medida que me aproximo da aposentadoria, entristece-me ter que argumentar sobre a importância de trabalhar com meninos e homens e abordar as masculinidades por 30 anos. E tenho certeza de que muitas outras pessoas pensam da mesma forma, mas acredito que há uma ilógica fundamental em não considerar o trabalho sobre masculinidades como absolutamente central para a igualdade de gênero. Todos nós fazemos parte de um sistema de valores e regras sobre gênero, e a ideia de que as mulheres poderiam consertar tudo sozinhas é injusta. Superar a desigualdade de gênero exige um esforço coordenado de todos. Os homens precisam se juntar a esse esforço coordenado e esse trabalho sobre masculinidades precisa ser financiado em larga escala.
Da sua perspectiva e experiência, quais são alguns dos desafios de financiamento para este trabalho?
There is a strong orientation in the gender equality space toward women and women’s empowerment – and rightly so – and there sometimes seem to be suspicions about whether or not men can be trustworthy feminists and about working with men – making funders hesitant or tentative. There isn’t consensus that working with men and boys to promote healthy masculinities is important for improving women and girls’ lives.
So, the challenge is that we are always having to explain how masculinities work benefits women and girls while downplaying how men themselves – who are often struggling – can benefit. How do you envision an empowered woman or a gender-equitable man all alone? They are part of the broader system that connects them, which is a more nuanced message that is harder to package in a single image or vision.
I also think that there are some negative consequences of that over-focus on women – it puts too much on women’s shoulders to suggest that all of the work lies with them to improve gender relations, to empower or be empowered, or to end gender inequality. That’s why we need more people saying that the masculinities work should be funded because it também makes things better for girls and women and is key to shifting the entire system. Girls are not going to be changing the world by themselves if everybody in their communities is not fully involved, so funding work with men and boys takes the burden of social change off women and girls’ backs and shares the responsibility with the people who have historically held more power – with everyone, really.
Como podemos incentivar os financiadores a serem receptivos em vez de reativos e financiar esse trabalho?
In a conversation with a colleague, we agreed that we needed some kind of collective of donors who are interested in funding masculinities work – on a steady, consistent basis. Is there a way we can bring together specific donors who are interested in men and masculinities, to work on projects that could be viewed jointly as part of a bigger vision and goal, building a movement for gender equality, and not a moment?
Se houvesse um coletivo, os financiadores talvez se sentissem menos obrigados a se arriscar para financiar essa área em que poucos se posicionaram. Acho que, se tivessem a sensação de fazer parte dessa comunidade mais ampla, poderiam se sentir mais confiantes e motivados a contribuir regularmente.
Eu encorajaria, em particular, os doadores homens a refletirem sobre sua própria masculinidade e suas contribuições para o movimento pela igualdade de gênero. Seja o homem comum, um homem que pensa sobre gênero no contexto de seu trabalho, um homem verdadeiramente rico que toma decisões importantes sobre filantropia e que pode mudar o mundo através da forma como direciona seus fundos. Fazer com que os financiadores pensem mais a longo prazo sobre os tipos de impacto que podem causar e apoiar esse trabalho transformador em uma escala maior pode garantir que o financiamento seja responsivo e não reacionário. Esta é realmente a próxima onda do movimento em direção à igualdade de gênero.
We’re standing on the shoulders of many feminist activists, and guided by values that include sharing space – and funding. How do we build our work com esses movimentos para trabalhar com os recursos disponíveis, em vez de tirar recursos de outras organizações?
What we are talking about is expanding the resources available, not taking resources from the other organizations or even working with just the sources available – that is the problem. We need to grow the pie, and invest in areas that reap benefits across a whole set of improvements around caregiving, health, income, and so on.
Por exemplo, o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Enfatizar investimentos que ofereçam efeitos sinérgicos, de modo que, ao investir em uma área, você também afete outros objetivos subsequentes. Certos investimentos podem realmente catalisar outros investimentos, e os financiadores devem considerar como os investimentos em masculinidades funcionam como investimentos em igualdade de gênero. Vemos essa sinergia no trabalho da Equimundo, onde mostramos que atitudes mais equitativas entre os homens se traduzem em melhorias na saúde, educação, saúde mental e violência.
What’s your one call to action for funders in today’s philanthropic movement?
Quero que os financiadores considerem a possibilidade de se reunirem para resolver essa questão sobre se os homens são confiáveis no espaço da igualdade de gênero e para decidir sobre a posição das masculinidades nesse espaço. Isso poderia assumir a forma de uma consulta com doadores feministas, com um possível resultado dessa reunião sendo a formação de uma rede inicial de financiamento com foco em masculinidades.