Programas que trabalham com os pais para desenvolver habilidades de relacionamento e parentalidade no casal, incluindo a reflexão crítica sobre as normas de gênero, são uma abordagem promissora para reduzir a violência contra mulheres e crianças. No entanto, há evidências limitadas sobre seu impacto a longo prazo. Em Ruanda, o programa Bandebereho, uma adaptação do Programa P, envolveu futuros pais e mães de crianças menores de cinco anos. Aos 21 meses, o Bandebereho demonstrou impactos positivos na violência por parceiro íntimo (VPI), no castigo físico infantil, na busca por saúde materna e nas relações conjugais. Este estudo busca explorar se esses resultados se mantêm seis anos depois.

Este artigo demonstra que programas que envolvem homens e mulheres na promoção de relações conjugais colaborativas e não violentas podem resultar em reduções sustentadas na violência familiar seis anos depois. Constatamos que o Bandebereho tem efeitos duradouros na violência intrafamiliar e no castigo físico contra crianças, além de múltiplos desfechos de saúde e relacionamento. Em comparação com o grupo de controle, as mulheres sob intervenção relatam menos violência intrafamiliar física, sexual, econômica e emocional moderada ou grave no último ano. Os casais sob intervenção relatam menos castigo físico contra crianças, menos sintomas depressivos, menor consumo prejudicial de álcool e melhor busca por saúde materna, envolvimento paterno, divisão do trabalho doméstico e tomada de decisões.

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Impactos de longo prazo do programa Bandebereho na violência contra mulheres e crianças, na busca por saúde materna e nas relações de casal em Ruanda

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